A Quinta-Feira Santa é o dia em que celebramos a Instituição da Eucaristia. Neste dia, Nosso Senhor ceou com os seus Apóstolos e entregou o seu Corpo e Sangue como alimento, confiando aos mesmos este sagrado memorial, instituindo, assim, o Sacerdócio Ministerial (ou Ordenado). Com o rito do Lava-pés, deixou à humanidade o maior dos mandamentos: o da Caridade. Com a Missa In Coena Domine (da Ceia do Senhor), a Igreja Universal inicia o Sagrado Tríduo Pascal, em que celebramos a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
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Na manhã da Quinta-Feira, nas Catedrais de todo o mundo, o Bispo e seu Presbitério reúnem-se para a Missa do Crisma (ou dos Santos Óleos). Nesta celebração única, o Óleo dos Enfermos e dos Catecúmenos são abençoados e o Sagrado Crisma confeccionado e consagrado. Os Presbíteros renovam suas promessas sacerdotais. A Missa do Crisma possuí ofício próprio.
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Não se podem acender velas ou lâmpadas diante das imagens dos santos.
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No Ofício Divino, as horas canônicas possuem Ofício Próprio. Os que participam da Missa In Coena Domine, não dizem as Vésperas.
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Ao entardecer, nas Igrejas Paroquiais, em que seja possível grande afluência do povo (ou nas Igrejas não paroquiais, mas de afluência do povo, com autorização do Ordinário) celebra-se a Solene Missa In Coena Domine.
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Durante o canto do Glória toca-se os sinos que, em seguida, ficarão em silêncio até o Solene Glória na Vigília Pascal. Após, cessam, igualmente, o uso de qualquer instrumento musical, podendo estes serem usados somente para o sustento do canto.
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Concede-se Indulgência Plenária ao fiel, de acordo com as normas do Enchiridion Indulgentiarum, que na Quinta-Feira Santa, recitar o canto do Tantum Ergo – Tão Sublime Sacramento, depois da Missa da Ceia do Senhor.
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Após a Missa, os altares são desnudados. A Pia Batismal e todos os recipientes com água benta devem estar secos. Os fiéis que possuem água benta em suas casas devem igualmente proceder; na Vigília Pascal estas fontes serão renovadas com a água batismal.
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É Salutar aos fiéis permanecerem na igreja depois da missa In Coena Domini por um determinado espaço de tempo na noite, para a devida adoração ao Santíssimo Sacramento solenemente ali conservado neste dia. Durante a adoração eucarística prolongada pode ser lida uma parte do Evangelho segundo João (cap. 13-17). Após a meia-noite, esta adoração deve ser feita sem solenidade, já que começou o dia da paixão do Senhor.1 Aos que guardarem pelo menos 30 minutos de adoração, é concedida Indulgência Plenária nas disposições ordinárias.
1 Cf. Missal Romano, Missa vespertina “In Cena Domini”, n… 21; S. Congr. dos Ritos, Decr. Maxima redemptionis nostrae mysteria, 16.11.1955, n. 8. 10, AAS 47 (1955) 645.